
Quanta ironia. O subsecretário de Política Fiscal, Marcus Pereira Aucélio, é o homem responsável por dizer não aos pedidos de recursos de parlamentares e até de ministros para todo o tipo de despesa. Inclui-se nesta lista reajustes salariais. Até ai tudo bem. Um rapaz honesto que controla o gasto público em prol de uma sociedade mais justa. Seria assim se esse mesmo Marcus não embolsasse quase o dobro do teto, acumulando uma quantia de R$ 51 mil. Esses mega salários vem da união da remuneração aos chamados jetons - participação paga a funcionários por sessões extraordinárias-, nos casos em questão provém do recebimento de conselhos estatais e de empresas privadas com capital da união. Para não cometer injustiça, não é só o subsecretário que tem um salário acima da média. O chefe de Marcus e atual ministro da fazenda, Guido Mantega, embolsa R$ 40,9 mil mensais. Junto deles está também o secretário executivo da fazenda, Nelson Barbosa, com R$ 41,1 mil.
O ministro do STF, Marco Aurélio Melo afirmou, em reportagem ao Correio Braziliense, que o governo pode, por via administrativa, estabelecer limites ao recebimento de jetons por servidores públicos e autoridades. Porém para Melo, a constituição não veda o recebimento de remunerações por participações em conselhos estaduais. Legal ou não, o governo federal dá o exemplo de que nem ele consegue cumprir o que é proposto por ele mesmo. Como diria Capitão Nascimento, “O sistema é foda.”
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